Hino da Senhora dos Milagres…

Das várias pesquisas que vou fazendo pela internet, vou descobrindo alguma informação com referências a trabalhos do nosso Maestro… Aqui fica outro:

O Santuário da Senhora dos Milagres, na freguesia de Cambeses, no concelho de Monção, viveu ontem uma jornada de fé e cultura com a realização do “Encontro Mariano”, um dos momentos que assinalam o IV centenário da sua fundação.

Mais de 120 pessoas dos grupos corais de Monção-Pinheiros, Moreira, Pias e Milagres-Mazedo, de pontos diferentes da freguesia dirigiram-se a cantar os “Romeiros da Senhora dos Milagres” para o Santuário onde, em apoteose, acompanhados por um grupo de metais interpretaram em primeira audição o novo “Hino da senhora dos Milagres”, com letra do padre João Porto Soares e música do bracarense padre Joaquim dos Santos. Esta música, disse Joaquim dos Santos, «não é para receber palmas mas para rezar» quer quem a executa, quer quem a ouve. Nascida de uma linda poesia, aquele «canto popular religioso», como o classificou o seu autor, pretende ser expressão da «simplicidade, da candura da fé, simples mas com verdade, sem artifícios que saibam a falso». No acolhimento aos romeiros e peregrinos, o padre José da Silva Lima sublinhou que foi a mensagem dos antepassados e a voz da história e memória de mais de 400 anos que ali os trouxe assinalando que este fazer memória é que abre ao futuro. Recordando a situação que desencadeou o milagre que está na origem da construção do santuário (“Leva o menino à Senhora da Ermida”), Silva Lima disse que a própria romaria cura trazendo um novo «equilíbrio natural», obrigando-nos à «fuga da rotina» trazendo-nos «o equilíbrio da novidade», da mensagem nova e no encontro da comunidade. Entrados no templo, iniciou-se a celebração Eucarística, o alimento necessário para que seja real «o fruto novo do amor» continuou Silva Lima ao falar dos “Caminhos do amor Materno”. Percorrendo diversos momentos da história daquele templo e do milagre que lhe deu origem, José da Silva Lima desafiou os fiéis participantes a deixarem-se tocar pelo Espírito a fim de na partida «sermos capazes de falar de uma forma nova de Deus aos homens de hoje», recordando a primeira expressão da criança que foi curada e que exclamou: “Ó mãe, eu já posso falar”. Durante a sua intervenção aquele sacerdote que dirige o Centro Regional de Braga da Universidade Católica disse que quando pensamos em Nossa senhora dos Milagres estamos a espera de ver «coisas grandes» contudo, advertiu, os verdadeiros milagres estão no quotidiano da vida, no casal quando marido e esposa se perdoam mutuamente ou quando face a uma gravidez inesperada se toma a decisão de a levar até ao final. Assinalou ainda que «a fórmula mais bonita e adequada» para “definir” é afirmar que «é amor». Por isso, «o que fazemos de belo, bom, bonito e verdadeiro é um sinal autêntico do amor de Deus». No final da celebração foi apresentado o livro “Santuário da Senhora dos Milagres” da autoria de Ernesto Português onde, em menos de cem páginas, se conta a história, contexto e significado daquele santuário. O livro já integra o novo hino à Senhora dos Milagres, partitura e poema.

Texto, Paulo Gomes
Publicado a 26-05-2003

In Diário do Minho

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