Joaquim Gonçalves dos Santos – nos 75 anos do nascimento, nos 10 anos da obra Prologus | Concertos


Concertos com as obras Prologus e Impressões Bíblicas

dia 16 na ESML pelas 18h
dia 17 no Museu da Música pelas 18:30h
(Lisboa)

Filipe Andrade Cerqueira, piano


Prologus, 6 Impressões musicais do Evangelho de São João
Moimenta - Cabeceiras de Basto, Natal 2001

Dedicadas à pianista Ana Isabel Telles Antunes

In principio erat Verbum - No princípio era o Verbo: Maestoso e Solene
Omnia per ipsum sunt - E todas as coisas por Ele foram feitas: Poco Andante
In ipso vita erat - E n'Ele está a vida: Allegretto
Erat lux vera - E [o Verbo] era luz verdadeira: Ricercare
Et Verbum caro factum est - E o Verbo fez-se carne: Misterioso e Grave
Et Vidimus Gloriam eius - E vimos a Sua Glória: Allegro Vibrante


Impressões Bíblicas “Servite Domino in Lætitia”
Moimenta - Cabeceiras de Basto, 11/02/2007


Dedicadas ao pianista e organista Giampaolo Di Rosa


Salmo 1: Meditação sobre o destino dos bons e dos maus.
(Justorum sors bona; Impiorum mala)
Largo expressivo / Andante grazioso / Adagio patetico
Salmo 132: Breve canto ao amor fraterno. A união fraterna é bênção de Deus e é vida.
(Concordiæ fratrum jucunditas)
Andante tranquilo / Andante mosso

O Salmo 99 não será interpretado neste programa.


Os temas das suas obras são maioritariamente de cariz sacro, mas também reflectem uma vasta cultura literária do seu tempo - Miguel Torga, Sebastião da Gama - ou dos clássicos - Fernando Pessoa - ou textos de outras origens, até mesmo não cristãs como os Quatro poemas indianos, para voz solo, violino, clarinete, saxofone e piano de 2006. Joaquim dos Santos nunca deixou de estar informado das novas tendências musicais que proliferavam na Europa, nem de aproveitar o que de melhor a sua terra lhe podia dar, dedicando-se à recolha e harmonização de canções populares da Região de Basto, dos anos 70 a meados de 90.


Ouvir Joaquim dos Santos falar através da sua música é uma forma de ouvirmos o que a alma de um cidadão do mundo tem para nos contar.
Alguém que pela sua vocação humanista sempre valorizou o que de melhor as culturas nos podem ensinar sobre nós mesmos será, porventura, alguém que demonstrará na sua obra, ao mesmo tempo, uma força de viver e uma paz na vida plena. São disso espelho a obra Prologus e os Salmos.


Seja o compositor também um padre de formação pela Igreja Cristã não é, a meu ver, um facto redutor nem deverá pesar na apreciação da sua vasta obra. Pelo contrário, é uma outra forma de nos ajudar a compreender este nosso mundo.


A sua humildade perante a vida levou-o a escolher sempre o caminho mais correcto para com os seus valores de formação cristã, como sejam o respeito pelo outro, a ajuda ao próximo, a apologia do caminho de gratidão pelo que a vida nos dá.



Filipe Andrade Cerqueira

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