Dia Mundial da Paz | Santa Maria, Mãe de Deus | Carmen Fatimale
A obra que hoje se publica é de uma beleza singular. Música Sacra do mais alto nível feita para melhor servir a Igreja.
No dia da Paz, neste blog faz-se, assim, a alusão possível a este bem tão desejado através de outro bem como é a Música.
Carmen Fatimale – para coro e orquestra (1997)
redução para coro e órgão/piano (2008) por Nuno Costa
Grupo Vocal Ançã-ble, 2009
O texto, em puro latim clássico, é de Amadeu Torres (Castro Gil), um grande admirador e amigo de Joaquim dos Santos. Foi escrito para celebrar a visita de João Paulo II em 1982. A obra é bastante mais extensa e o próprio Joaquim dos Santos escolheu as estrofes que manteriam a intemporalidade da obra.
Estreada a 19 de Julho de 1997 [em Fátima(?)]
Por questões de latim aqui se deixa a seguinte nota: na página 3, compasso 19, optou-se por grafar a semi-consoante e corrigir o ritmo. Em vez de “nervis” agora está escrito “neruis”.
Excerto da versão para coro feminino e orquestra. Gravado ao vivo no dia 7 de Dezembro de 2005 na Igreja de Santo António dos Portugueses em Roma.
Coro Femminile di Sant’Antonio dei Portoghesi in Roma; Orchestra Sinfonica Tiberina; Massimo Scapin, direttore. ver na Agenda IPSAR
Poema de Fátima
[versão interpretativa em português]
Lysiae gentes citharisque et actis
Cordium neruis recinunto ubique,
Maximas omnes iterum exsequentes
Virginis odas!
Plurium certo Fatima ante tempus,
Nempe iam lustris tredecim relapsis,
Caelitus facta est populis et orbi
Terra salutis.
Ilicis dixit super alba ramos
Nuntia et pacis uigilans speique
Esse opus nobis Dominum precari
Atque renasci.
Multa promisit Fatimae Rosari
Virgo caelestis tribus eis puellis,
Corda si purgent homines Deoque
Denique credant.
Seculis nostrae es, Fatima, aeuitatis
Ara salutrix trifido ambulantis
Viribus fessis animoque pranso
Formite nullo!
Virgo caelestis, date quae precamur:
Papa tot contra teneat nefasta
Et salus mundi Fatima exstet atque
Lusiadarum!
Lysiae gentes citharisque et actis
Cordium neruis recinunto ubique,
Maximas omnes iterum exsequentes
Virginis odas!
Portugueses, soem melodias e vibrem por
toda a parte os corações, celebrando de
novo, em conjunto, os excelsos louvores da
Mãe de Deus!
Na verdade, desde há muito, que Fátima se
tornou, por desígnios do Céu, terra de
salvação para os povos do mundo.
Sobre os ramos da Azinheira, a Mensageira
branca e solícita da paz e da esperança
lembra a necessidade da oração a Deus e
da renovação cristã da vida.
A Senhora do Rosário de Fátima acentua as
promessas às três criancinhas,
condicionando‐as à regeneração das almas
e à fé em Deus.
Oh Fátima, és o altar do mundo para os
tempos da nossa época, perdida numa
encruzilhada, gasta de forças e agonizante
à míngua dos alimentos do espírito!
Virgem celeste, concedei‐nos o que Vos
pedimos: conservai o Santo Padre livre das
mãos dos criminosos e fazei que Fátima se
torne, para o mundo e para os
portugueses, o porto de salvação!
Portugueses, soem melodias e vibrem por
toda a parte os corações, celebrando de
novo, em conjunto, os excelsos louvores da
Mãe de Deus!
Amadeu Torres (Castro Gil)