Matilde Rosa Araújo | “A poesia da infância” |1921 - 2010

É assim que hoje evoco a escritora que em tempos, com a sua arte, inspirou a arte de outro escritor, este último, escritor de sons…

A evocação dos seus nomes para qualquer tipo de homenagem só fará sentido quando se evocar, simultaneamente, a sua obra. Viveram na arte e para a arte, a morte, novamente e perpetuando-se este ciclo, é a negação da própria morte, pois estão para sempre na obra que nos ofertaram.

 

fotos no dia do lançamento de “Sons p’rá Guitarra da Boneca” em Cabeceiras de Basto [22 de Maio de 2005] – Foto Universal, Cabeceiras de Basto

"Os olhos do meu cão" [7] "Um rouxinol" [5] "A andorinha" [3]

Intérpretes

Coro Cantata

Elsa Marisa Amorim piano

Carla Simões direcção

Gravação realizada no Auditório Adelina Caravana do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga por Serafim Barreiro (técnico) e Carlos Meireles (assistente).

Artigo relacionado (Sons p’ra guitarra da boneca)

 

Vivi décadas do século passado século, como se calcula. E, nesse século, pude olhar dois momentos da História que me deslumbraram. Uma alegria que Beethoven na sua ode nos entregara para sempre, maravilha de sons que aconteceu. Pungente. Viva. Um desses momentos foi o fim da Segunda Guerra Mundial. A paz no Mundo na qual eu acreditei para sempre. Soava a Alegria como água pura da nascente. Branca luminosa. Outro momento foi o 25 de Abril. Depois de um tempo de silêncio, de silêncios, com vozes heróicas ou caladas, nós íamos acreditar num país de fraternidade, sem arma de agressão. País sonhado há tanto. De justiça e paz. E hoje? ‘Pelo sonho é que vamos’, como disse Sebastião da Gama.

in autobiografia publicada a 26.04.2006 no Jornal de Letras

Matilde Rosa Araújo | 20 de Junho de 1921 – 6 de Julho de 2010

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